Fresno – história

Fresno é uma banda de rock brasileira formada em Porto Alegre no ano 1999. Os membros são Lucas Silveira (vocal e guitarra), Gustavo Mantovani (guitarra), Mário Camelo (teclado) e Rodrigo Ruschell (bateria). Atualmente moram em São Paulo. Em 2006, para substituir o baixista ‘Lezo’, Rodrigo Tavares foi convidado a entrar na banda. Em 2008, o baterista Rodrigo Ruschel, também conhecido como “Bell”, substituiu Cuper. Em 2012, o tecladista Mário Camelo, que está com a banda desde 2010, foi efetivado na Fresno. A banda foi um quinteto por pouco tempo, pois dias depois o baixista Rodrigo Tavares saiu para dar 100% de atenção a seu projeto solo, Esteban. A banda optou por não substituir o antigo baixista.

As composições da banda tratam basicamente de desilusões amorosas e sentimentos, tendo com o CD Redenção algumas musicas voltadas para o pop. A partir de 2010 a banda começou uma nova fase. Com o lançamento do CD Revanche e posteriormente o EP “Cemitério das Boas Intenções” a banda começa a ter gêneros como o Hard RockRock Industrial como principais influências.

História

Amigos de colégio, Lucas (guitarra), Gustavo (guitarra), Pedro (bateria) e Leandro (vocal) tiveram a ideia de montar uma banda em novembro de 1999, após uma animada reunião do Grêmio Estudantil, do qual os quatro faziam parte. A proposta inicial seria fazer versões punk de músicas consagradas, por pura diversão. No dia 4 de dezembro de 1999, houve na casa do Pedro o primeiro ensaio, e essa é tida como a data oficial da formação da banda.

Eles ensaiaram despretensiosamente por alguns meses, rapidamente deixando de lado a proposta inicial para tocar covers de sucessos da época. Em maio de 2000, convidaram Bruno, que também estudava junto, para ensaiar com a banda tocando baixo, só para que eles pudessem se apresentar no festival de bandas da escola, no mês seguinte. Foi nesse festival, no dia 16 de junho de 2000, que aconteceu o primeiro show da banda, com um repertório composto inteiramente de covers – quase todas de pop rock nacional. Depois do show, Bruno acabou decidindo permanecer na banda. A esta altura eles se chamavam Democratas, e começavam a surgir suas primeiras composições próprias, influenciadas principalmente pelo hardcore californiano. Essas canções se espalharam pela Internet em versões acústicas e logo começaram a chamar atenção.

Em 2001, ao descobrirem que já havia uma banda nordestina chamada Democratas, os cinco rapazes decidiram mudar o nome. Após algum tempo de indecisão, se contentaram com “Fresno” – sugestão de Lucas, que achava graça na sonoridade da palavra. No final deste mesmo ano, eles gravaram sua primeira demo, O Acaso do Erro, com seis faixas. Foi durante as gravações desse EP que ocorreu a saída do vocalista Leandro da banda. Lucas, que sempre foi o principal compositor, assumiu os vocais, e desde então a Fresno é um quarteto.

Em 2003, a banda voltou para o estúdio e gravou o álbum independente Quarto dos Livros, com bastante influência de bandas emo de raiz, como The Get Up Kids. O álbum ganhou destaque com faixas como “Teu Semblante”, “Desde Já” e “Stonehenge”. O reconhecimento desse álbum no meio independente levou a banda a fazer turnês por diversos estados brasileiros, sem nenhum tipo de apoio da mídia tradicional.

No ano seguinte já saiu o segundo álbum, O Rio, A Cidade, A Árvore, mantendo as influências originais e adicionando novas, como Dashboard Confessional. Esse álbum consolidou ainda mais o respeito pela banda na cena musical alternativa do Brasil. A faixa “Onde Está” conquistou diversas paradas de sucesso, e foi com ela que a Fresno começou a despontar para o grande público.

Em 2006, a banda mostrou toda sua ambição ao lançar seu terceiro álbum, chamado Ciano. Com essas 14 faixas (11 inéditas e 3 regravações de Quarto dos Livros), os gaúchos elevaram seu sucesso para além do “underground”, obtendo diversas aparições na MTV, alta rotação em rádios de todo país (principalmente com os singles “Quebre As Correntes” e “Alguém Que Te Faz Sorrir”) e incontáveis downloads pela Internet. Durante esse processo, Bruno desligou-se da Fresno por motivos pessoais, conforme anunciado no site oficial da banda em 26 de outubro de 2006. Em seu lugar entrou Tavares, que já era amigo dos integrantes, tendo inclusive participado da produção de discos anteriores.

Para o álbum Redenção a Fresno abraçou o pop, deixando um pouco de lado o hardcore. O álbum foi lançado em 15 de Abril de 2008, e já conquistou um Disco de Ouro, entregue pessoalmente por seu empresário Rick Bonadio ao vivo em um show no Espaço das Américas em 14 de Dezembro de 2008.

Ainda em 2008, a Fresno participou do programa Estúdio Coca-Cola Zero com Chitãozinho e Xororó. Ambos ainda se apresentaram no Show da Virada, da Rede Globo, exibido no dia 31 de Dezembro.

Em 2009 a banda continuou em ascensão conquistando importantes prêmios em nível nacional como: Artista do Ano no Prêmio Multishow, Melhor Banda Pop e Artista do Ano no Video Music Brasil (VMB) da MTV. Além disso, houve também coroações individuais no Video Music Brasil para Lucas, como melhor vocalista e para Tavares, como melhor baixista.

Em maio de 2010 a banda lançou um novo disco chamado Revanche. Com um som já bem mais pesado que o antigo álbum, com faixas com grandes distorções nas guitarras como “Revanche” , “Die Lüge”, “A Minha História Não Acaba Aqui” e “Relato de Um Homem de Bom Coração” com letras já mais maduras. E também lançaram a música “Porto Alegre” falando da saudade que sentiam de sua terra natal. O álbum tem sido considerado por muitos como o melhor entre todos os já lançados pela banda.

Em Julho de 2010 a banda foi convidada a participar do CD e DVD de comemoração dos 30 anos de uma das bandas mais clássicas da MPB, o Roupa Nova. Fãs assumidos do sexteto carioca o Fresno entrou no palco ao lado de Serginho HervalPaulinhoRicardo FeghaliKikoCleberson Horsth e Nando para tocar um grande hit do Roupa Nova, “Show de rock’n roll”, que está presente no álbum Roupa Nova 30 anos. Já em 2011, gravaram o clipe musical de “Eu Sei” e de “Porto Alegre”, falando dos antigos lugares de shows, familiares e lugares que já passaram. Há um projeto entre os integrantes da banda em que em 2011 será lançado um DVD ao vivo do CD Revanche em Porto Alegre.

Em novembro de 2011 a banda anunciou o lançamento de uma EP com quatro faixas, para o dia 12/12/2011, intitulado “Cemitério das Boas Intenções”, na fanpage da banda no Facebook. Segundo os integrantes, as faixas são as melhores já feitas pela banda.

Em 29 de Março de 2012 a banda anunciou a saida do baixista Rodrigo Tavares por meio de sua página no facebook declarando que ele estaria focado na carreira solo Esteban de agora em diante e que ele sempre vai estar em seus corações. pelo que parece, Mário assumiu o posto de baixista da Fresno neste dia e Lucas esclareceu que estão produzindo músicas novas e do EP “Cemitério das Boas Intenções” e que pode sair um disco novo em breve. Já no meio do ano de 2012, a Banda anunciou um novo CD e já começaram a gravar. Em Maio, lançaram a versão acústica de seu novo single Infinito (Lá pt. 2).E irão apresentar um novo clipe da versão “banda” (rock) da música em Junho. Pretendem gravar o seu terçeiro DVD em Porto Alegre e lançar o novo CD ainda em 2012.

Texto de Rebeca da Silveira

MPB – Origem e História

Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. A MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes: a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta.

Depois, a MPB passou a abranger outras misturas de ritmos – como a rocksoul e samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto GilChico Buarque e outros, e no fim da década de 1990 a mistura da música latina, influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.

Apesar de abrangente, a MPB não deve ser confundida com Música do Brasil, a qual abarca diversos gêneros da música nacional dentre os quais o baião, a bossa nova, o choro, o frevo, o samba-rock, o forró, o Swingue e a própria MPB.

História

A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.

Mas já na primeira metade da década de 1960 a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da Bossa Nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).

Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV ExcelsiorGuarujáSP). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo VandréTaiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de Bossa Nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.

Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.

Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.

Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e Xororó (principalmente com a regravação em português da faixa “Words”, ao lado dos Bee Gees), Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.

Nesta época, no cenário do Rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MC`s e Pavilhão 9.
O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público jovem e adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM 22.

Você sabia?

– É comemorado em 27 de setembro o Dia da MPB

 

Texto de Rebeca da Silveira